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Longevidade saudável

Exercícios Vigorosos: Retarde o Início do Alzheimer e Parkinson

2 MIN DE LEITURA
12 de março de 2025

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Que longevidade e exercícios físicos estão intimamente ligados, a ciência já comprovou.  

O foco dos pesquisadores das universidades de Otago, na Nova Zelândia, e da Columbia Britânica, no Canadá, foi revelar a ligação entre a intensidade das atividades e o retardo no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.  

Com base em experimentos, os cientistas conseguiram quantificar: bastam seis minutos de exercício físico vigoroso, como o ciclismo, para interferir no surgimento de patologias como o Alzheimer e o Parkinson.  

O estudo que detalha o caminho percorrido rumo à descoberta foi publicado no The Journal of Phycology.  

Nos testes feitos com doze voluntários fisicamente ativos (metade homens, metade mulheres), com idades entre 18 e 56 anos, foi possível notar que exercícios breves e intensos ajudam a aumentar a BDNF – sigla para a proteína chamada de Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro.  

A substância atua na formação do cérebro, aprendizado e memória, além de promover a neuroplasticidade e a sobrevivência dos neurônios.  

Sem remédios  


Aumentar a produção dessa proteína por meio dos exercícios físicos é uma das alternativas não farmacológicas para o envelhecimento saudável.  

Estudos em animais já apontavam para a relação entre a disponibilidade de BNDF e a formação e armazenamento de memórias. Qualidades neuroprotetoras que despertaram a curiosidade científica do possível êxito, também, em humanos.  

Além do exercício, os pesquisadores acrescentaram o jejum aos experimentos.  

Foram comparados os seguintes cenários, isolados e interativos:  

  • Jejum de 20 horas 
  • Exercício leve (ciclismo de baixa intensidade de 90 minutos) 
  • Exercício de alta intensidade (seis minutos de ciclismo vigoroso) 
  • Jejum e exercícios combinados 

Os exercícios curtos e intensos se mostraram de quatro a cinco vezes mais eficientes na produção da proteína BDNF que os exercícios leves e prolongados e que o jejum.  

Para os cientistas, uma das hipóteses é a relação entre a troca de substrato cerebral e o metabolismo da glicose – usada pelo cérebro como fonte de energia. 

Nesse contexto, ao invés do açúcar, o cérebro metaboliza o lactato produzido pelo organismo durante o exercício. O resultado seria o aumento de BDNF no sangue, que foi constatado no estudo, beneficiando a saúde neural.  

Diante da sinalização positiva da pesquisa, os autores anunciaram que seguirão com os experimentos a fim de testar novos cenários ligados ao jejum. A ideia é desenvolver abordagens acessíveis e não farmacológicas para a garantia da longevidade com saúde. 

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